Pesquisa IBRI e Deloitte demonstra que comunicação consistente; agenda Ambiental, Social e Governança; e indicadores não financeiros ganham relevância
O IBRI (Instituto Brasileiro
de Relações com Investidores) e a Deloitte realizaram pesquisa “Os novos
desafios de Comunicação para o RI - Responsabilidade Ambiental, Social e
Governança nas Relações com Investidores”.
A pesquisa demonstra que as
organizações estão cada dia mais preocupadas em oferecer a seus investidores
uma comunicação mais consistente e interativa e em fortalecer o uso de
indicadores não financeiros que reforcem a pauta de ESG (do inglês
Environmental, Social and Governance; em português, ASG – Ambiental, Social e
Governança), como emissão de gases de efeito estufa e representatividade de
minorias.
“As mudanças que ocorreram
nos últimos anos, principalmente após o começo da pandemia, acentuaram a
crescente oferta de conteúdos e informações sobre os investimentos das empresas
e a facilidade de esses dados se tornarem públicos devido à internet. Com isso,
a preocupação das empresas se voltou para como oferecer uma boa comunicação
para seus investidores e a importância de focar em pautas de ESG e criar uma
transparência nas relações. Este está sendo o novo foco”, destaca Reinaldo
Oliari, sócio de Audit & Assurance da Deloitte.
“A área de Relações com
Investidores está passando por profundas transformações. Os profissionais
precisam ter uma formação multidisciplinar. Além disso, há aumento do uso de
novas tecnologias para ampliar a interatividade e prestação de contas. Existe,
também, uma demanda crescente por informações referentes aos fatores ASG
(Ambiental, Social e Governança)”, declara Rodrigo Luz, Membro do Conselho de
Administração do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores).
Comunicação eficaz – Os desafios da comunicação fizeram com que as
organizações colocassem em prática novas ações para responder ao crescente volume
de conteúdos e informações que circulam na internet e podem impactar o valor da
empresa. O estudo mostra que 75% das empresas respondentes estão focando na
consistência das mensagens-chave; 63% na divulgação de indicadores não
financeiros e 62% na criação de canais mais interativos e próximos aos
investidores. Além disso, procuram criar um relacionamento mais direto e coeso
com seus públicos de interesse.
Indicadores não
financeiros – O estudo aponta que 86%
das empresas participantes acreditam que criar indicadores não financeiros
ajudam na transparência com o público, enquanto 65% entendem que isso eleva a
confiabilidade e 49% consideram que a adoção desses indicadores faz com que as
empresas ganhem no que diz respeito ao cumprimento do compromisso com os
investidores.
A pesquisa traz, também,
revelações sobre o que os representantes das organizações observam que o
mercado, de forma geral, ganha com esses processos: 72% acreditam na melhor
percepção dos valores de ESG; 68% na consistência das práticas de ESG e na
disseminação das melhores práticas de governança; e 59% consideram que há o
aumento da confiança de investidores estrangeiros no mercado local.
Apesar da crescente
importância atribuída aos indicadores Ambientais, Sociais e de Governança
corporativa, as empresas listadas ainda enfrentam desafios na implementação de
métricas que demandem uma maior estruturação de práticas e políticas de ESG,
tais como representatividade de grupos minoritários e gestão da cadeia de
suprimentos.
O estudo revela que 74% das
empresas esperam aumentar o orçamento de ESG para 2022 e o modo de comunicar os
indicadores Ambientais, Sociais e de Governança também virou um ponto de
preocupação. Entre as empresas listadas, 75% já têm sua estratégia alinhada aos
ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações
Unidas) e 73% divulgam relatórios de sustentabilidade ou documentos
equivalentes, enquanto 69% adotam uma matriz de materialidade para questões
ambientais e sociais. Sobre os indicadores que já estão sendo usados pelas
empresas, a pesquisa mostra que 72% são indicadores ambientais, 65% sociais e
74% de governança.
Investidores pessoa física – Com os investidores pessoas físicas cada vez mais
presentes na base acionária das empresas, a demanda por uma comunicação mais
ágil, com novos formatos, linguagem e canais para o público aumentou, sendo que
83% das empresas listadas participantes disseram que lives e conferências são
uma das formas mais eficazes de comunicação; na sequência vêm websites de
Relações com Investidores (59%), e-mail (50%) e Youtube (44%). Como os meios de
comunicação se diversificaram, Investor Days, releases para imprensa, LinkedIn,
ações com influenciadores digitais, Instagram, Twitter e podcasts também estão
sendo adotados como ferramentas de comunicação. Para uma aproximação maior com
esses investidores, os respondentes identificaram os recursos de comunicação
mais utilizados pelos influenciadores digitais: informalidade (59%), interação
(59%), experiência pessoal (57%) e storytelling (56%).
Estratégia - O papel estratégico da área de Relações com
Investidores e a complexidade do ambiente de negócios com as novas demandas
advindas da consolidação da agenda ESG e do crescimento do número de
investidores pessoa física colocam para as empresas a necessidade e o desafio
de uma formação multidisciplinar para os profissionais. A pesquisa revela que
58% das empresas acreditam que a participação da liderança de RI nas decisões
estratégicas da empresa aumentou em 2021, em comparação a 2020; 72% entendem que
a multidisciplinaridade está entre os principais desafios para a formação de
RIs.
Atualmente, as principais
habilidades que são priorizadas pelas empresas para o profissional de RI são:
agilidade, bom relacionamento interpessoal e pensamento crítico e analítico.
Esses atributos não deixarão de ser importantes, mas outras habilidades
voltadas para tecnologia e comunicação irão emergir nos próximos cinco anos e
serão demandadas do profissional de Relações com Investidores.
Metodologia – A pesquisa “Os novos desafios de comunicação para o
RI” foi elaborada com base em questionário on-line, entre julho e agosto de
2021. Participaram do estudo 65 empresas, entre as quais 68% estão listadas em
Bolsa de Valores. Entre os respondentes, 77% ocupam cargos executivos em suas
respectivas organizações; e 29% das empresas participantes têm receita líquida
superior a R$ 7,5 bilhões. Participaram do levantamento empresas dos setores de
infraestrutura e construção (30% da amostra), serviços (22%), atividades
financeiras (20%), bens de consumo (17%), agronegócio, alimentos e bebidas
(8%), Tecnologia da Informação e Telecom (1%), veículos e autopeças (1%) e
comércio (1%).
Para conhecer o Relatório
da Pesquisa IBRI Deloitte sobre “Os novos desafios de Comunicação
para o RI –
Responsabilidade Ambiental, Social e Governança nas Relações com Investidores”,
basta acessar o site do IBRI:
http://www.ibri.com.br/Upload/Arquivos/novidades/4310_IBRI_07.pdf
Para mais informações
sobre a Pesquisa IBRI Deloitte:
http://www.ibri.com.br/Upload/Arquivos/novidades/4311_IBRI_Apresenta%C3%A7%C3%A3o.pptx
Assessoria
de Comunicação do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores)
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