Estudo da
Deloitte e IBRI revela alterações no ecossistema das Relações com Investidores
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12ª edição da pesquisa elaborada
pela Deloitte em parceria com o IBRI – Instituto Brasileiro de Relações com
Investidores mostra que o ecossistema de RI está mais complexo;
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Do total de 64 empresas respondentes, 69% investiram em novas ferramentas
e formas de trabalhar. No entanto, apenas 8% aplicaram tecnologias de dados e
automação cognitiva para funções de RI;
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A maioria das empresas
participantes afirmou ter conseguido manter seu quadro de profissionais de RI
no último ano;
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Seis em cada dez empresas identificaram um aumento de investidores pessoas
físicas.
A pesquisa Novo Ecossistema das Relações com
Investidores - Tecnologia e Comunicação
na era dos negócios digitais, elaborada pela Deloitte em parceria
com o IBRI – Instituto Brasileiro de Relações com Investidores, está em sua 12ª
edição e lança luz sobre como os profissionais de RI estão lidando com um
cenário de incertezas, um ecossistema multifacetado e um momento de intenso uso
de tecnologias e novas plataformas de investimento.
“As transformações na
função de RI têm seguido principalmente a direção de acompanhar o atual
dinamismo do mercado e apoiar um processo de comunicação mais eficaz e
personalizado com os públicos de interesse. Para lidar com as mudanças em curso,
advindas da evolução da tecnologia digital, o profissional de Relações com Investidores
precisa agora desenvolver não apenas habilidades técnicas, mas também as chamadas
soft skills – aquelas que se relacionam a características como comportamento, comunicação
e liderança", declara Ronaldo Fragoso, líder do Centro de Excelência em
Aspectos Regulatórios e Governança Corporativa da Deloitte Brasil.
A edição de 2019 da
pesquisa aborda os diferentes temas que compõem o universo das Relações com
Investidores, tais como estrutura organizacional, percepção de valor,
tecnologias emergentes, perspectivas para o mercado de capitais e novas
regulamentações.
“A pesquisa reforça
como a adoção de tecnologia permeia todo o universo das Relações com
Investidores, e pode ser aplicada de forma a apoiar uma estratégia robusta de
comunicação para lidar com o aumento detectado de investidores pessoa física”, declara
Guilherme Setubal, presidente da Diretoria Executiva do IBRI.
1) Estrutura
organizacional
empresas participantes da pesquisa em preservar o seu capital humano de Relações
com Investidores, bem como em identificar talentos no mercado. Três em cada quatro respondentes indicaram que o quadro de profissionais
de RI de sua empresa manteve-se em 2018. Do total de respondentes, 75%
mantiveram o seu quadro de profissionais de RI em 2018, 20% aumentaram e 5%
diminuíram. Quanto às expectativas para 2019, 25% das organizações pesquisadas
identificaram a tendência de aumentar a equipe de RI, enquanto 71% pontuaram
que esperam manter o quadro de profissionais.
“Os dados mostram que, embora ocorra
uma perspectiva de se incorporar tecnologias para automatizar e digitalizar
processos, há uma preocupação das empresas em manter a sua estrutura
organizacional para atender às demandas advindas da transformação digital do
ambiente financeiro e de negócios”, analisa Fragoso.
Dois terços (67%) dos
entrevistados afirmaram que o líder de RI de sua organização também lidera
outra área da empresa. Este é um indicador na natureza interdisciplinar das
Relações com Investidores e também demonstra que a estrutura das organizações
brasileiras é enxuta para o relacionamento com acionistas e demais agentes de
mercado. Em mais da metade (56%) dos casos em que o líder de RI responde também
por outra área na empresa, esse profissional está à frente da área financeira. Ainda
dentro do grupo que também responde por outra área, 12% conduzem as iniciativas
de planejamento estratégico, o que revela que há um conjunto de empresas que
busca, por meio de estrutura organizacional, aliar o relacionamento com
investidores e acionistas aos objetivos de negócios da organização como um todo.
2) Tecnologia aplicada ao
ecossistema de Relações com Investidores
Há um esforço de grande parte dos entrevistados em acompanhar o desenvolvimento
tecnológico por meio do investimento em novas ferramentas e formas de
trabalhar. No entanto, a aplicação de tecnologias como analytics, robótica e
inteligência artificial ainda não chegou com força às áreas de RI. Do total,
69% investiram em novas ferramentas e formas de trabalhar. No entanto, apenas
8% aplicaram tecnologias de dados, automação cognitiva para funções de RI e 62%
ainda não pensaram a respeito da adoção dessas tecnologias na área.
Entre as práticas de inovação mais adotadas pelas empresas estão
acompanhar indicadores de RI, implementar novas tecnologias para ampliar os
canais de comunicação e utilizar novos formatos de relatório. Esse é um
indicador de como as transformações na função de RI têm seguido principalmente
a direção de acompanhar o atual dinamismo do mercado e também a de apoiar um
processo de comunicação mais eficaz e personalizado com os públicos de
interesse. Quando perguntados sobre o uso de IA – Inteligência Artificial, 80%
destacaram ainda não ter pensado a respeito de sua adoção no atendimento a
investidores.
“Essas tecnologias podem ajudar a área de RI a captar e monitorar frequentemente
o valor percebido do mercado sobre sua organização por meio do acompanhamento
dos diversos canais de comunicação da empresa, o que ajuda a tornar mais
eficientes as suas estratégias de captação. A Inteligência Artificial pode ser,
por exemplo, especialmente útil para a melhoria da percepção de valor de
pequenos acionistas e investidores, que se apresentam de forma mais
fragmentada”, frisa Ronaldo Fragoso.
3) Percepção de valor
O monitoramento da
percepção de valor de mercado de uma empresa por analistas e investidores é uma
função complexa, que demanda do RI o estabelecimento de ferramentas e critérios
consistentes e estruturados. É natural que o mercado tenha uma percepção de
valor diferente sobre uma empresa do que os profissionais que nela atuam. No
entanto, cabe ao RI o estabelecimento de ferramentas e critérios consistentes e
estruturados.
Administrar a
lacuna entre a percepção do valor de mercado da empresa e a de analistas e investidores
ainda é um desafio crescente para as organizações, especialmente em um cenário
econômico incerto como o atual. Para 33%, há uma grande lacuna entre a
percepção de valor de sua empresa e a de analistas e investidores. Já para 37%,
existe uma pequena lacuna e a porcentagem daqueles que não enxergam lacuna é de
15%, a mesma daqueles que responderam que não têm certeza ou que a questão não
era aplicável.
Para efeitos de
comparação, na edição de 2014 da pesquisa, a porcentagem de respondentes que indicou
haver uma grande lacuna naquele ano foi de 25% – o que revela que gerir a
diferença na avaliação de analistas e investidores ainda é um desafio crescente
para as organizações.
Como principais
práticas de aproximação com stakeholders, as organizações combinam ações
presenciais como roadshows (81%), encontros anuais (59%) e investor days (54%) a
iniciativas virtuais com o apoio da tecnologia, como os webcasts, que contam
com a adoção de 65%. Outros canais digitais, como aplicativos e chatbots, podem
ser explorados de forma mais adequada.
4) Investidores pessoa
física
Com a maior
disponibilidade de plataformas, canais de informação e agentes de
investimentos, além da manutenção da taxa de juros em um patamar baixo, o
mercado de capitais passa a se tornar mais atraente para as pessoas físicas. O
que demonstra a necessidade dos profissionais de Relações com Investidores se
prepararem para as demandas de um crescente público formado por pessoas físicas
cada vez mais bem informadas.
Seis em cada dez
empresas identificaram um aumento de investidores pessoa física. No entanto, apenas
21% das empresas que notaram crescimento de investidores pessoa física têm uma
prática voltada à captação desse grupo de investidores. Este resultado sugere
que há um importante espaço para um posicionamento mais ativo das organizações.
Ainda, de acordo
com os entrevistados, os fatores que impulsionaram esse crescimento de
investidores pessoa física foram o maior interesse pelo mercado de capitais, a
popularização das plataformas de investimento, a baixa taxa de juros, a confiança
na recuperação da economia e o aumento de agentes autônomos de investimento.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa Novo Ecossistema das Relações com Investidores - Tecnologia e Comunicação na era dos negócios digitais contou com a participação de 64 empresas – 30%
das quais estão entre as 20 de maior liquidez no Ibovespa, 37% entre as 27
empresas do segmento N1 e 30% entre as 20 empresas do segmento N2.
Foto: Guilherme Setubal, diretor-presidente do IBRI, e Ronaldo Fragoso, sócio da Deloitte, apresentam pesquisa IBRI-Deloitte em Coletiva de Imprensa.
Assessoria
de Comunicação do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores)
www.ibri.com.br
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