ESG é oportunidade para empresas e profissionais de Relações com Investidores, aponta estudo da Deloitte com o IBRI
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Pesquisa mostra que grande maioria (87%) das empresas listadas em Bolsa
aumentou o envolvimento e o conhecimento em ESG e discute questões sociais ou
ambientais nas reuniões do Conselho de Administração;
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Ambiental, Social e Governança (ESG, na sigla em inglês) oferece oportunidades
de liderança e protagonismo para as empresas e profissionais de RI (Relações
com Investidores);
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A padronização de indicadores ESG é vista como importante desafio para as
organizações, frente às crescentes necessidades regulatórias e de mercado;
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Com aumento expressivo de investidores pessoa física, empresas pretendem
expandir sua comunicação em canais mais abrangentes, como mídias sociais, para
alcançar um público mais diverso.
São Paulo, junho de
2022 – A pauta da temática Ambiental, Social e Governança (ESG, na sigla em
inglês) é vista como oportunidade de liderança e protagonismo para empresas e
profissionais de RI (Relações com Investidores); contudo, somente 37% das organizações
têm especialistas no assunto na área de RI e apenas 17% pretendem contratar
alguém com esse perfil em 2022. É o que revela a pesquisa “Contexto, mensagem e
jornada ESG - Criação de valor pelos RIs”, elaborada pela Deloitte, maior
organização de serviços profissionais do mundo, junto com o IBRI (Instituto
Brasileiro de Relações com Investidores).
O estudo, realizado
com 63 empresas, das quais 73% são listadas em Bolsas de Valores no Brasil ou
no exterior, mostra ainda que a padronização de indicadores ESG é um importante
desafio para as organizações, frente às crescentes necessidades regulatórias e
de mercado. Também destaca que, com aumento expressivo de investidores pessoa
física nos últimos três anos, as empresas pretendem expandir sua comunicação
para canais mais abrangentes, como mídias sociais, a fim de alcançar um público
cada vez mais pulverizado e diverso.
Maior liderança das
empresas e protagonismo dos RI nas questões ESG
Segundo a pesquisa, entre as oportunidades para as empresas do País no cenário global atual, 68% indicaram liderança em questões ESG, 56% mencionaram a atração de investidores internacionais e 48% destacaram o ambiente de trabalho híbrido. Para o profissional de RI, a pauta ESG também oferece a oportunidade de maior protagonismo (70%). Os profissionais também identificaram oportunidades de maior governança (65%), amadurecimento da gestão de crises (51%) e adoção de novas tecnologias para acompanhamento do desempenho da empresa (51%).
“A pauta ESG é vista
como o grande vetor de oportunidades para as empresas, o que revela que as
organizações estão dispostas a abordar esse tema não como um entrave
regulatório, mas sim como algo estratégico na direção da geração de valor para
o seu negócio. Uma parcela importante de investidores e consumidores busca cada
vez mais o alinhamento da temática aos objetivos centrais das empresas. Apesar
da relevância do assunto, ainda temos um caminho a percorrer: maior entendimento
quanto aos impactos sociais e ambientais às cadeias de produção,
estabelecimento de métricas e avanços em termos de padronização e transparência
de dados são fatores essenciais para uma melhor comparabilidade, análise e
tomada de decisão de investimentos”, afirma Reinaldo Oliari, sócio de Audit
& Assurance da Deloitte.
Embora parcela
importante do mercado brasileiro tenha assimilado a necessidade de alinhamento
entre a temática ESG e a estratégia dos negócios, de acordo com a pesquisa, é
necessário aperfeiçoar ações concretas que possam ser mensuradas e avaliadas.
Por isso, 80% das empresas pretendem criar um relatório com indicadores ESG ou
melhorar o já existente. Entre os desafios no desenvolvimento disso, estão a
falta de padronização dos dados (51%), a falta de equipe especializada (27%), a
falta de ferramentas para coleta de informação (27%) e a materialidade
financeira de métricas (27%).
Os pilares Ambiental
(78%) e de Governança (77%) têm mais indicadores definidos pelas companhias de
capital aberto do que o pilar Social (67%). O envolvimento de diferentes áreas,
métricas e métodos entre os pilares ESG desafia a padronização e a consolidação
de informações, que é feita principalmente de forma manual. Apenas 3% das
empresas de capital aberto pesquisadas adotam um software padrão para essa
função.
Comunicação para
disseminar práticas de ESG
Em geral, as empresas
pesquisadas contam fortemente com o apoio de ações de comunicação para reforçar
e disseminar as práticas de ESG da organização, principalmente na definição de
métricas e indicadores de desempenho (90%), na incorporação de valores ESG à
identidade corporativa (79%) e no apoio a ações em ESG junto a colaboradores
(72%).
Assim, além do
relatório de ESG, o website de RI (65%) também será foco de criação ou
melhoria, na busca das empresas por trazer mais funcionalidades e
interatividade com os investidores, acompanhando a linguagem das redes sociais
e das plataformas de comunicação instantânea. Outras fontes de informação
destacadas foram relatório anual integrado (59%), release de resultados (52%),
relatório de gestão de riscos (50%), apresentações (50%), podcast de resultados
(35%) e demonstrações financeiras (30%).
Maior envolvimento da
área de RI nos temas ESG
A pesquisa mostra que
87% das empresas listadas aumentaram o envolvimento e o conhecimento da área de
RI nos temas ESG nos últimos 12 meses e discutem questões sociais ou ambientais
nas reuniões de Conselho de Administração. Já 60% esperam aumentar o orçamento
destinado a ESG para 2022. Contudo, as empresas pesquisadas demonstraram ainda
enfrentar gargalos na incorporação de profissionais especializados, seja na
área de RI ou no Conselho de Administração. Somente 37% tem algum especialista
de ESG na área de RI e apenas 17% pretendem contratar um profissional com esse
perfil em 2022. Já 38% têm pelo menos um membro do Conselho com experiência na
gestão de questões ESG.
“A pauta ESG já
figura fortemente na agenda do Conselho das organizações e na função de RI, e
deve ganhar cada vez mais importância nas decisões, desde a revisão do
propósito da Empresa, na definição clara dos objetivos/metas para serem
atingidas e reportá-las. O desafio agora é aprimorar a sinergia entre as áreas
e a estruturação de pessoal e processos para o atendimento a essas demandas”,
destaca Alex Borges, sócio de Regulatory Support & Strategic Risks da
Deloitte.
Cresce participação
do líder de RI nas decisões estratégicas da empresa
A estruturação da
área de RI, considerando procedimentos, políticas e definição de papéis e
responsabilidades, é o principal desafio (50%) entre as empresas listadas. Na
sequência, destaque para a comunicação inovadora, disruptiva e diferenciada
(38%), além da necessidade de maior interação com investidores (38%).
Quase metade das
empresas (49%) viram aumentar, no último ano, a participação do líder de RI nas
decisões estratégicas da empresa. Em reforço à posição estratégica crescente
que essa função tem adquirido nas organizações, 76% das empresas listadas
afirmaram que a capacidade de influência no mercado acerca da estratégia da
empresa é uma habilidade importante para definir uma liderança de RI bem
sucedida. Em seguida, vem relacionamento interpessoal e trabalho em equipe
(51%).
A formação
multidisciplinar do RI (73%) é uma demanda importante para o desenvolvimento
desse profissional, a fim de prepará-lo para um mercado multifacetado, dinâmico
e diverso. Além dos temas usuais de negócios, devem fazer parte do currículo
continuado do RI tópicos como finanças, comunicação, inteligência de mercado e
compliance, para que esses profissionais possam responder ao cenário atual e ao
futuro.
O impacto do crescimento do investidor pessoa física no mercado de
capitais
A pesquisa mostra
ainda que, com o aumento expressivo de pessoas físicas na Bolsa de Valores nos
últimos anos e o maior impacto desse grupo no valuation das organizações, 86%
das empresas listadas identificaram a necessidade de intensificar novas formas
de comunicação adaptadas para esse público.
“Embora os agentes
institucionais tenham maior relevância entre os acionistas das organizações, o
volume, a capilaridade e a diversidade de investidores pessoa física fazem com
que esse grupo seja visto como cada vez mais influente sobre o valor da
empresa. A chegada de novos investidores na Bolsa traz uma sinalização
importante quanto aos avanços e o fortalecimento do mercado de capitais
brasileiro, bem como reflete a mudança geracional de nossa sociedade. Por outro
lado, reforça a necessidade das companhias se estruturarem para o atendimento
do novo público e o desafio se torna maior ainda para profissionais de Relações
com Investidores, pois precisarão ter ferramentas e meios específicos para se
comunicarem com o investidor individual sem deixar de lado o institucional”,
declara Rodrigo Luz, membro do Conselho de Administração do IBRI.
“Comunicação
segmentada para diferentes públicos é o caminho para redução da assimetria
informacional”, conclui Rodrigo Luz.
Entre os meios de
comunicação com investidores privilegiados pelas companhias abertas participantes,
destacam-se as conferências e roadshows virtuais (70%), que cresceram na
pandemia e se consolidaram como um meio de reporte mais acessível e prático
tanto para as empresas quanto para os acionistas. Também citaram o website de
RI (70%) e conteúdo em vídeo no site de RI (48%). Nesse sentido, as ferramentas
tecnológicas de comunicação devem ser mantidas ou ampliadas, especialmente
aquelas mais dinâmicas e com o reporte em tempo real de resultados.
Embora o website de
RI se mantenha importante, a tendência mapeada pela pesquisa para os próximos
meses aponta também a ampliação do uso de lives e teleconferências. A
comunicação via LinkedIn deve ganhar relevância. Já a utilização de e-mails
tende a diminuir.
Conhecer o investidor
para comunicar melhor
Com as plataformas de
automação de marketing e monitoramento de redes digitais e notícias, as
empresas listadas devem ainda ampliar a adoção de mecanismos que as permitirão
conhecer e se comunicar melhor com investidores – especialmente as pessoas
físicas, que têm um perfil diverso e pulverizado, utilizando análise de
métricas de comunicação (41%), monitoramento de redes sociais e notícias (39%)
e personalização da comunicação (39%).
Metodologia e amostra
A pesquisa “Contexto,
mensagem e jornada ESG - Criação de valor pelos RIs” foi elaborada com base em
questionário on-line, entre abril e maio de 2022. Participaram do estudo 63 empresas,
entre as quais 73% estão listadas em Bolsas de Valores, no Brasil ou no
exterior, e 56% têm receita líquida acima de R$ 1 bilhão. Entre os
respondentes, 83% ocupam cargos executivos e 43% atuam na área de Relações com
Investidores. Participaram do levantamento empresas dos setores de
infraestrutura e construção (29% da amostra), serviços (25%), atividades
financeiras (13%), construção e serviços da construção (11%), agronegócio,
alimentos e bebidas (8%), manufatura (6%), metalurgia e siderurgia (5%) e
comércio (3%).
Acesse a pesquisa na
íntegra: https://pesquisas.lp.deloittecomunicacao.com.br/ibri-2022
Sobre a Deloitte
A Deloitte é a maior organização de serviços profissionais do mundo, com 345 mil profissionais, gerando impactos que realmente importam em mais de 150 países. Com 177 anos de história, oferece hoje serviços de auditoria, consultoria empresarial, assessoria financeira, gestão de riscos e consultoria tributária para clientes públicos e privados dos mais diversos setores. No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é líder de mercado, com 6.000 profissionais e operações em todo o território nacional, a partir de 15 escritórios. Para mais informações, acesse: www.deloitte.com.br.
A Deloitte refere-se
a uma firma-membro da Deloitte, uma de suas entidades relacionadas, ou à Deloitte Touche Tohmatsu Limited (“DTTL”).
Cada firma-membro da Deloitte é uma entidade legal separada e membro da DTTL. A
DTTL não fornece serviços para clientes. Por favor, consulte www.deloitte.com/about para saber mais. A Deloitte é líder
global em auditoria, consultoria empresarial, assessoria financeira, gestão de
riscos, consultoria tributária e serviços correlatos. Nossa rede de
firmas-membro, presente em mais de 150 países e territórios, atende a quatro de
cada cinco organizações listadas pela Fortune Global 500®. Saiba como os
345.000 profissionais da Deloitte impactam positivamente seus clientes
em www.deloitte.com
Sobre o IBRI:
O IBRI é uma entidade
sem fins lucrativos, criada em 05 de junho de 1997 com o objetivo de valorizar
o papel da comunidade de profissionais de Relações com Investidores no mercado
de capitais brasileiro.
Assessoria
de Comunicação do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores)
Digital
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