quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CODIM realiza seminário sobre as Melhores Práticas de Divulgação

O CODIM (Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado) realizou, no dia 14 de setembro de 2010, o I Seminário CODIM - “Melhores Práticas de Divulgação de Informações ao Mercado”.

O evento foi aberto pelo presidente da BM&FBOVESPA, Edemir Pinto, que ressaltou a importância do CODIM para a melhoria da Comunicação no mercado de capitais brasileiro. Edemir Pinto representou na solenidade os presidentes das 10 entidades que compõem o CODIM.


Geraldo Soares, vice-presidente do Conselho de Administração do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e coordenador do CODIM pelo IBRI e Haroldo R. Levy Neto, coordenador da entidade pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), enfatizaram os esforços realizados pelo CODIM na busca das melhores práticas de divulgação do mercado de capitais comentando o que já foi feito nesses cinco anos de atividade e os objetivos deste primeiro evento.


O seminário contou com a participação de renomados profissionais do mercado para o debate de temas da atualidade como: “Período de Silêncio Antes da Divulgação das Demonstrações Financeiras"; “Guidance"; “Fato Relevante e Release"; “Teleconferências" e “Apresentações Restritas e Públicas Periódicas", além de palestra sobre “Melhores Práticas de Divulgação de Informações ao Mercado".


A primeira mesa redonda debateu o Período de Silêncio Antes da Divulgação das Demonstrações Financeiras e Guidance. O painel teve como moderadores: Marco Antonio Muzilli (IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) e Geraldo Soares (IBRI) e debatedores: Nelson Niero, jornalista do Valor Econômico; Marcelo Mesquita, gestor do Leblon Equities e Arthur Piotto, diretor de Relações com Investidores da CCR. Marcelo Mesquita representando os investidores declarou que não é favorável ao período de silêncio. Nelson Niero do Valor Econômico concordou com Mesquita e disse com bom humor “pensei que somente o jornalista seria considerado vilão nesta história”. Arthur Piotto comentou a sua experiência na CCR, salientando que os analistas estão sempre procurando as informações que ainda não foram divulgadas, exigindo muito cuidado por parte dos RIs. Os participantes enfatizaram que o período de silêncio deve ser utilizado somente com relação às demonstrações financeiras em preparação e não tornadas públicas, contudo os agentes de mercado (analistas, investidores, imprensa e outros públicos estratégicos) devem ser normalmente atendidos em suas demandas informacionais junto ao Departamento de RI (Relações com Investidores) das empresas abertas.

O painel salientou que a divulgação e alteração de Guidance (projeções empresariais) sempre devem ocorrer por meio de Fato Relevante e que as empresas que divulgam devem estar muito bem fundamentadas e fazer a comunicação de forma adequada, consistente e continuamente atualizada.


Na segunda mesa redonda, houve debate sobre Fato Relevante e Release e teve como moderadores Marcos Sanches (IBRACON) e Hélio Garcia (IBRI) e debatedores: Roberto Müller, diretor da revista Razão Contábil, Roberto Terziani, consultor de RI da Oi e Marcelo Trindade, advogado da Trindade e Associados. No caso do release, houve consenso quanto à clareza redacional, evitando estrangeirismos, termos técnicos e jurídicos. No caso do debate sobre Fato Relevante, foi expressa a preocupação de representantes de companhias abertas sobre a dificuldade de se fazer a divulgação quando o boato de mercado tem certo fundamento, mas o assunto ainda não foi definido internamente nas corporações. Também foi salientada a dificuldade de se saber exatamente o momento que o fato relevante deve ser divulgado, sendo que em certos casos as empresas acabam sendo obrigadas a divulgar antes do assunto estar completamente maduro.


A terceira mesa redonda debateu as melhores práticas para Teleconferências, Apresentações Restritas e Públicas Periódicas. Os moderadores foram Haroldo Levy (Apimec), Hélio Garcia (IBRI) e Ligia Montagnani (Apimec) e debatedores: André Gordon, diretor da GTI Administradora de Recursos e Arthur Farme, vice-presidente corporativo e de Relações com Investidores da SulAmérica Seguros S/A. Os participantes realçaram os cuidados que os profissionais de Relações com Investidores devem ter para evitar informações privilegiadas nas reuniões restritas (por exemplo, com apenas um analista de valores mobiliários). No caso de reuniões públicas, há também necessidade de cautela para evitar projeções ou informações ainda não registradas na Comissão de Valores Mobiliários. Houve críticas a empresas que ainda realizam a teleconferência somente em inglês e ao filtro a perguntas em qualquer dos meios de comunicação da empresa com o mercado..


Lélio Lauretti, especialista em mercado de capitais, realizou palestra final sobre as “Melhores Práticas de Divulgação de Informações” em que frisou a importância das companhias não apenas cumprirem a obrigação legal de prestação de contas, mas sim demonstrarem efetivo desejo de informar, refletindo sobre as atuais exigências por parte dos participantes do mercado em termos de divulgação de informações.


Elizabeth Machado, Superintendente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), elogiou a fantástica ideia da criação do CODIM e enfatizou os progressos já realizados pelas companhias ao seguirem os seus pronunciamentos, reforçando também a necessidade de contínuas melhorias na comunicação das empresas, buscando a equidade e transparência de informações.



Sobre o CODIM

O CODIM (Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado), formado em abril de 2005, tem como objetivo discutir e sugerir a utilização das melhores formas de divulgação de informações das companhias abertas para os seus mais diferentes usuários, por meio de pronunciamentos de orientação a serem produzidos e disseminados no mercado por todas as entidades participantes direta ou indiretamente do Comitê.



O CODIM é formado por 10 entidades. A coordenação está a cargo da Apimec e do IBRI. Os participantes são: Abrasca, Amec, Anbima, Ancor, BM&FBOVESPA, CFC, IBGC e IBRACON, contando também com a CVM como observadora.



CODIM – www.codim.org.br / codim@codim.org.br



Mais informações:
digitalcomunicacao@gmail.com

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