quarta-feira, 16 de março de 2016

Conheça diretrizes que ajudam na hora de formatar balanços e relatórios financeiros 


Orientações do Codim mostram como criar soluções de comunicação objetivas e transparentes para atender os públicos estratégicos da companhia.

Que tal conhecer alternativas mais adequadas para a divulgação de informações sobre balanços e relatórios financeiros? Este é o trabalho que oferece o Codim (Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado). Sua missão é elaborar pareceres de orientação para alinhar as melhores práticas de comunicação, estabelecendo princípios básicos e a utilização de recursos tecnológicos compatíveis com as necessidades dos agentes do mercado de capitais. Em outras palavras, a instituição poderia ser chamada de uma “ABNT” na área de relações com investidores.

Para exemplificar como funciona a atuação do Codim, no dia 9 de março, foi feita a exposição de um Pronunciamento (um novo parecer) com sugestões de regras para melhorar a divulgação de notas explicativas nos documentos. Isso porque observou-se que, muitas empresas, utilizavam um volume grande de informações de forma repetitiva, com uma linguagem muito técnica que mesclavam dados relevantes com não relevantes e aspectos contraditórios, além de copiar, em alguns momentos, textos das próprias normas.

Segundo Rodney Vergili, da assessoria de comunicação e imprensa do Codim, as notas precisam ser objetivas e claras. “Já vimos notas de 250 páginas. Isso não é uma nota. Por isso, a finalidade da instituição é direcionar para as melhores práticas na divulgação destes dados”, explica.

Já Helmut Bossert, coordenador da entidade, destaca a importância da criação dos Pronunciamentos como forma de tornar a comunicação compreensível para o mercado. “Os públicos estratégicos de uma empresa precisam entender os princípios básicos da organização”, diz.   Também lembra que é importante ficar atento as legislações emanadas em órgãos reguladores para isso.

Por outro lado, Haroldo Levy, relator do Pronunciamento, traz a questão da mudança cultural como premissa para a alteração das práticas adotadas hoje nas instituições. “É preciso focar o usuário dos dados. Há usuários que entendem as informações de mercado e outros que tem interesse em compreender. Portanto, o material precisa estar adequado para ambos, ou seja, o leigo e o expert”.

Levy ainda traz a importância da revisão periódica no documento. “É preciso criar um cronograma de atualização dentro da empresa para que as informações não fiquem obsoletas. Outro ponto relevante é o fato dos dados não poderem ser omitidos no trabalho. A transparência é fundamental. Neutralidade também. Isso quer dizer que a divulgação não pode pender nem para um lado otimista, nem para um lado pessimista, e sim dizer, a verdade”.

Marco Antonio Muzilli, também relator do Pronunciamento, alega que toda empresa deve fundar um Comitê de Divulgação multidisciplinar para transmissão dos dados financeiros. “Esse grupo deve ser coordenado pela área de relações com investidores. Entretanto, a presença de um profissional de comunicação se faz necessária para que não haja ruído na divulgação das informações ao público. O comitê é responsável por tratar o documento de forma mais adequada”.

“As notas explicativas não podem ser lacônicas e prolixas, é preciso fazer um trabalho conjunto com o usuário da informação, escutando-o para melhorar a divulgação. Por isso, sugerimos que a empresa convide o público que consome os dados para apresentação do balanço”, fala Muzilli. “As empresas ainda precisam ficar atentas ao prazo para elaboração das notas. O ideal é que as façam no decorrer do ano, não no fechamento do relatório. A criação de um índice geral para estruturação do material também ajuda muito na leitura”, recomenda.

Para concluir, Muzilli, destaca pontos chaves do Pronunciamento: “Ao elaborar o material, tenha convicção que ele ajudará o mercado com assuntos relevantes, de forma que os públicos estratégicos da companhia consigam captar o significado; foque na direção da transparência; e, principalmente, tenha conhecimento de seus públicos e dos interesses da empresa para que ambos possam ser casados”.

Para conferir o Pronunciamento sobre Notas Explicativas,
 clique aqui (.http://www.codim.org.br/downloads/PO_CODIM_n_19_Melhores_Praticas_Divulgacao_Notas_Explicativas_20160309.pdf)
Já para conhecer o Codim e outros pareceres,
 clique aqui http://www.codim.org.br/.


Fonte: Alexandra Ebert, Coordenadora de conteúdo na ABRACOM (Associação Brasileira das Agências de Comunicação)


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